Maternagem

E se você parir em casa?

O medo do desconhecido é autoalimentado pela crença de que pode ser ruim saber demais. E o que é saber demais para você?

De fato, na busca pela informação de qualidade podemos nos tornar soberbas, principalmente as gestantes. Afinal, queremos o melhor para nós e o bebê. E isso pode ser muito conflituoso quando não escolhemos os profissionais que cuidarão do pré-natal e parto ou não temos opção de escolha.

Por outro lado, a informação nos salva. Não tem outra saída. Se pode ser ruim saber demais, certamente será pior se não soubermos.

Quando estudamos as fases do trabalho de parto, passamos a entender o caminho que vamos percorrer. Esse caminho pode demorar até dias. Mas pode durar poucas horas também. Foi o que aconteceu comigo.

“Ah, mas você poderia ter ido para a maternidade logo que as contrações começaram.” Sim, eu podia. Mas ninguém deveria ir rs. Chegar na maternidade logo no início do TP é diminuir as chances de ter um parto normal. Tratando-se de primigesta, não tem como alguém prever quantas horas esse processo vai durar.

Por isso, se você tem receio de estudar sobre parto, de até mesmo contratar uma doula, por conta do medo de parir em casa, saiba escolher suas batalhas consciente das consequências: você quer se preparar para um parto normal ou não?

Não adianta querer e não fazer nada a respeito, isso é contar basicamente com o acaso, você não terá ao que se agarrar, apenas aguardará o momento acontecer, seja como for.

Muito se fala sobre lutar pelo parto normal e muito se ouve também em contramão: “vai ser o que Deus quiser!”

Mas como você pode se apegar a isso, se você não ouve o chamado dEle?

Se você confia em Deus, você precisa se preparar para a graça de Deus. Lembrando, claro, que a graça vai acontecer do jeito que for, sendo parto normal ou cesárea. Você que precisa estar preparada para receber e multiplicar essa graça.

Aos 20 anos, parei de cursar Psicologia e fui experimentar o que seria (ou mais faria) na vida. Tornei-me servidora pública aos 23. Sou mãe, pedagoga, artesã, doula e (quase) enfermeira. Estão entre as minhas habilidades fabulosas cortar um bolo magnificamente bem, lembrar inúmeros sonhos e fazer vestidos de noiva.

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