Maternagem,  Poesia

Quando tornamo-nos mãe?

Quando é que abraçamos essa nova condição?
Se é quando os filhos nascem, o que acontece quando nascem sem vida?
Se é quando geramos, o que acontece quando estão conosco poucas semanas, poucos meses?
O que faremos depois de sua partida?

Quando é que entendemos a nossa posição?
Onde a ausência é sentida e impossível de ser substituída.
Onde o cansaço não permite continuarmos alheias a esse tempo presente vivemos.
O que tornamo-nos depois dos filhos?

Quando é que nos vemos nessa missão?
Talvez acariciando a barriga que cresce e fazendo planos sobre a rotina..
Talvez nas visitas após a ligação que fala da criança disponível…
O que sentimos quando abraçamos os nossos nas primeiras vezes?

A mulher torna-se mãe num processo breve e longo,
um sentimento de estar e ser,
uma caminhada infinita e derradeira,
uma estrada que só segue em frente.

A verdade talvez seja essa:
a mulher torna-se mãe quando ela dá a luz a uma nova versão de si!

Aos 20 anos, parei de cursar Psicologia e fui experimentar o que seria (ou mais faria) na vida. Tornei-me servidora pública aos 23. Sou mãe, pedagoga, artesã, doula e (quase) enfermeira. Estão entre as minhas habilidades fabulosas cortar um bolo magnificamente bem, lembrar inúmeros sonhos e fazer vestidos de noiva.

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