Sobre gerar um(a) filho(a)
O verbo GERAR, entre seus significados, é “dar existência a”.
Quantos filhos nascidos que insistimos em dizer que existem, mas para quem?
Quantos destes nós dizemos que reconhecemos sua vida, mas cadê a dignidade?
Quantos estão excluídos da sociedade que somos, mas sem previsão da mudança desse status?
Nascidos que (sobre)vivem
Abrigados que choram
Esquecidos que perambulam
São as nossas crianças, o nosso anúncio, o nosso futuro que não queremos assumir.
Gerar um(a) filho(a) traz responsabilidade ímpar. Não sou responsável somente por quem eu pari. Eu sou responsável, enquanto cidadã estável financeiramente e emocionalmente, por aquelas crianças e adolescentes que esperam uma família. Entre direitos e privilégios, é preciso enxergar e ir além.
O que você faz por quem você fecha os olhos?